http://seer.ufsj.edu.br/analytica/issue/feedAnalytica: Revista de Psicanálise2025-03-27T00:00:00-03:00Magali Milene Silvaanalytica@ufsj.edu.brOpen Journal Systems<p><strong>Linha editorial</strong></p> <p style="text-align: justify;">A <em>Analytica: Revista de Psicanálise</em> tem como finalidade publicar investigações/desenvolvimentos teóricos, relatos de pesquisa, debates, entrevistas e resenhas que contenham análises, críticas e reflexões sobre temas, fatos e questões a partir do referencial psicanalítico. Publica também artigos voltados à interlocução entre a psicanálise e outros campos de saberes - como a filosofia e as ciências sociais - igualmente dedicados ao pensamento sobre a sociedade e a cultura. As propostas para publicação devem ser originais, não tendo sido publicadas em qualquer outro veículo do país. Publicam-se artigos em quatro línguas: português, espanhol, inglês e francês.</p> <p><strong>Editorial line </strong></p> <p>The <em>Analytica: Revista de Psican´álise</em> goals to publish research / theoretical developments, research reports, debates, interviews and reviews that contain analyzes, critiques and reflections on issues, events and issues from psychoanalysis. It also publishes articles focused on the dialogue between psychoanalysis and other fields of knowledge, such as philosophy and social sciences, also dedicated to thinking about society and culture. Proposals for publication must be original and has not been published in any other vehicle in the country. Articles are published in four languages: portuguese, spanish, english and french.</p> <p><img src="http://periodicos.ufsj.edu.br/public/site/images/lepidus/mceclip0-1fe643dba5f2f9afa27a6d46aec02ce3.jpg" alt="" width="640" height="599" /></p>http://seer.ufsj.edu.br/analytica/article/view/5705Interseções entre a psicanálise e esquizoanálise: o que pode o brincar na clínica com crianças?2025-03-25T14:47:49-03:00Bárbara Thomes Vargasbarbarathomes@gmail.comEster Marim Avanciniester140297@gmail.comIagor Brum Leitãoiagor.leitao@edu.ufes.br<p>Este artigo realiza um comparativo crítico entre a psicanálise e a esquizoanálise no que se refere ao brincar das crianças, bem como ao seu lugar no manejo e na escuta clínica. O artigo foi desenvolvido por meio de uma revisão narrativa de literatura, em que se utilizaram como base textos clássicos de ambas as vertentes bem como a literatura contemporânea que aborda sobre o brincar na clínica com crianças. O brincar, em ambas as vertentes analisadas, emerge como uma produção de realidades múltiplas. Esse agenciamento comum, essa interseção, permitiu-nos compreender a brincadeira enquanto dois processos que se complementam: o brincar como um processo de criação e de esquecimento. Enquanto processo criativo, o brincar ocorre em uma temporalidade própria, em que o tempo do inconsciente (lógico) e o tempo de criação (Aión) convergem. O brincar é, portanto, um espaço-tempo privilegiado para a manifestação do inconsciente, em que a criança pode explorar, experimentar e, sobretudo, (re)criar. Nesse processo criativo, a criança elabora suas experiências, ressignificando-as e criando novos territórios psíquicos que não estão previamente determinados pelos adultos.</p>2025-03-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Analytica: Revista de Psicanálisehttp://seer.ufsj.edu.br/analytica/article/view/5706A agressividade em laço no tratamento psicanalítico de crianças2025-03-25T14:54:24-03:00Ariana Luceroariana.lucero@ufes.brDaniel Barros Bermudesdbbermudes@hotmail.com<p>O presente trabalho objetivou interrogar o lugar da agressividade no tratamento psicanalítico com crianças, fomentando reflexões sobre o manejo clínico dessa forma de expressão, visando a contribuir para o estudo do cuidado e tratamento, em psicanálise, das psicopatologias da infância. Desse modo, a investigação buscou jogar luz ao dilema da agressividade enquanto (im)passe do pequeno sujeito em sua constituição psíquica, deslocando a agressividade do lugar de um significante atrelado à cadeia da indisciplina e da desobediência. Daí, elencamos questões: é possível manter a agressividade em cena no tratamento para que, a partir dela, a criança possa estabelecer outras formas de se endereçar ao Outro? Como criar condições clínicas e funções terapêuticas que possibilitem o tratamento do pequeno sujeito? Para tanto, foi necessário articular conceitos importantes para o campo psicanalítico como demanda e transferência. Por meio de revisão bibliográfica e do contato com questões clínico-institucionais, foi possível evidenciar a importância da aposta no lúdico na clínica com crianças enquanto recurso de elaboração simbólica, afirmando a singularidade em jogo e a atenção ao lugar que o ato agressivo ocupa enquanto defesa da criança para o Outro social. A relevância deste trabalho deu-se ao traçar a contribuição da escuta psicanalítica na afirmação de um trabalho em saúde mental com crianças descolado de uma terapêutica do ajustamento, sustentando efeitos do discurso psicanalítico no trabalho terapêutico. Acredita-se que essa direção de estudos tem grande importância e influência para outros campos de saber para além da clínica, como para as escolas, assistência social e outras instituições de garantia de direitos, além das famílias que demandam o tratamento.</p>2025-03-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Analytica: Revista de Psicanálisehttp://seer.ufsj.edu.br/analytica/article/view/5707A prática psicanalítica em uma instituição total: complexidades e possibilidades2025-03-25T15:02:33-03:00Alícia Junqueira Resendejunqueiraresende@gmail.comMatheus Felipe Mendes de Sá e Silvamatheusfpsic@gmail.comTalita Ferreira Martinstalitaferreiraifmg@gmail.comRyan Gabriel Alencar Costaryan_gabriel@live.comMagali Milene Silvamagalimilene@ufsj.edu.br<p>Este trabalho possui como meta o resgate dos textos freudianos em que o autor versa sobre as recomendações técnicas com relação ao fazer analítico, para que seja possível a elaboração de questionamentos, a avaliação dos atravessamentos e a construção de saberes cabíveis sobre a prática clínica de estagiários do curso de psicologia dentro da Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (APAC). Para tal fim, por meio de uma pesquisa bibliográfica, foram mobilizadas noções fundamentais, como “transferência”, “abstinência”, “associação livre” e “pagamento analítico”, bem como se fez uso dos recursos teóricos conferidos por autores e comentadores do campo psicanalítico. Os resultados indicaram que a aplicação das recomendações freudianas dentro da APAC enfrentou desafios significativos devido às especificidades do ambiente institucional, mas também ofereceu novas perspectivas para a prática clínica. Conclui-se que, embora a adaptação da psicanálise em instituições totais apresente desafios, é possível desenvolver práticas que respeitem os princípios fundamentais da psicanálise, sem desconsiderar a lógica das instituições totais, promovendo o bem-estar dos internos.</p>2025-03-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Analytica: Revista de Psicanálisehttp://seer.ufsj.edu.br/analytica/article/view/5708Escuta psicanalítica a adolescentes em acolhimento institucional: uma experiência de extensão2025-03-25T15:12:57-03:00Leonardo Souto Alvesleo.alves005@gmail.comNuno Figueiredo Souza Venâncio Lopes Machadonuno.v.machado6@gmail.comJamylle Leão Barbosa Tanajurajamylletanajura@gmail.comCamila Vieira Rebouças Caribécamilacaribe@outlook.comSuely Airessuely.aires7@gmail.com<p>O projeto de extensão universitária “Adolescência, Acolhimento Institucional e Clínica do Desamparo” oferta escuta psicanalítica a adolescentes em situação de vulnerabilidade social e que se encontram em instituições de acolhimento. No presente artigo, busca-se apresentar a potência do dispositivo psicanalítico em sua relação com os termos que compõem o título do projeto, em especial o conceito de desamparo. Pautados pelo princípio de territorialização da clínica, os integrantes do projeto estabelecem diálogo com Unidades de Acolhimento Institucional e vão até os adolescentes para oferecer uma escuta que pode se dar em diferentes moldes clínicos, mitigando o silenciamento subjetivo que frequentemente se dá pela ação do Outro institucional e pela vulnerabilidade social desses sujeitos. A partir disso, aponta-se que a singularidade de cada caso atendido exige o questionamento de alguns elementos da teoria e da clínica psicanalítica, como o setting, o manejo da transferência, a direção do tratamento e as intervenções possíveis para o praticante. O projeto visa a uma aposta no valor significante do que é trazido pelos adolescentes, permitindo surgir uma dimensão desejante, de agência acerca da sua história, desvinculando-os de uma determinação objetalizante.</p>2025-03-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Analytica: Revista de Psicanálisehttp://seer.ufsj.edu.br/analytica/article/view/5709Psicanálise, reforma psiquiátrica e acompanhamento terapêutico: uma articulação possível2025-03-25T15:23:35-03:00Ana Clara Campidel Targinoanaclaractpsi@gmail.comMaria Carolina de Andrade Freitasmaria.freitas@uemg.br<p>Este trabalho buscou discorrer sobre uma possível articulação entre três campos de estudos e práticas: Psicanálise, Reforma Psiquiátrica Antimanicomial e o Acompanhamento Terapêutico (AT), partindo do pressuposto de que o AT, enquanto um dispositivo da Saúde Mental, se constituiu a partir de um contexto histórico que se atrela ao movimento da Reforma Psiquiátrica bem como com o deslocamento da psicanálise em relação a uma posição mais crítica e política em sua prática. Nesse sentido, optou-se como metodologia pela pesquisa bibliográfica e pelo levantamento de literatura de tipo narrativo, com vistas a discorrer brevemente sobre cada um desses campos de estudo e a delinear o ponto de enodamento entre eles. Abordou-se, ainda, sobre a recolocação do conceito de saúde para as implicações da clínica ampliada, sendo o AT um dispositivo no manejo com psicóticos a partir das contribuições da psicanálise.</p>2025-03-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Analytica: Revista de Psicanálisehttp://seer.ufsj.edu.br/analytica/article/view/5710A relação entre o brincar e o trauma em D. W. Winnicott2025-03-25T15:28:48-03:00Marília Mancini Castilhomarilia.mancini@outlook.comRosa Maria Tostarosamariarmt@terra.com.br<p>Este artigo relata uma pesquisa que visou estabelecer uma possível relação entre o brincar e o processo de elaboração do trauma do ponto de vista da teoria de Donald W. Winnicott (1896-1971). O brincar na psicanálise ganha novas significações a partir das proposições de Winnicott na medida em que o autor sugere que o brincar deve ser entendido como algo em si além de possuir um papel fundamental na constituição do desenvolvimento emocional. Com relação à concepção de trauma, em Winnicott, o papel do ambiente ganha destaque: aquilo que é vivido como trauma depende, para o autor, do estágio de desenvolvimento emocional em que o indivíduo se encontra. Nesta investigação, foi utilizado o método teórico-metodológico em psicanálise, tendo como base a literatura de Winnicott. A partir deste estudo, propomos a leitura de que o brincar na infância tem um potencial relevante no processo de elaboração do trauma, na medida em que permite que a criança entre em contato com a vivência traumática em um espaço seguro e confiável, podendo dar a ela novos sentidos e significações, o que conduz à retomada de uma continuidade que havia sido rompida. </p>2025-03-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Analytica: Revista de Psicanálisehttp://seer.ufsj.edu.br/analytica/article/view/5711Rastros do traumático: reverberações da violência sexual infantil no sujeito adulto2025-03-25T15:37:06-03:00Renata Pacheco de Oliveirarenatapacheco.oliveira@gmail.comCarina Freitas Passoscarina.passos@uniessa.com.brMarcelo Hayeckmarcelo.hayeck@uniessa.com.br<p>Este artigo parte da inquietação sobre os impactos do trauma da violência sexual vivenciada na infância e seus desdobramentos na vida adulta. Como objeto de estudo, apresenta-se a investigação de uma carta publicada em meios abertos de acesso à informação, cuja vítima conseguiu, na vida adulta, denunciar o autor da violência sexual, na qual o enredo de seu relato trouxe a possibilidade da análise dos elementos discursivos, visando à elucidação teórica da noção de trauma pelas leituras nas teorias psicanalíticas de Freud e de Ferenczi. Objetivou-se expor construções teóricas sobre o trauma a partir da perspectiva psicanalítica iniciada com o estudo da histeria feito por Freud, buscando compreender os rastros traumáticos da violência sexual na organização psíquica dos sujeitos, sobretudo considerando os desdobramentos e as manifestações sintomáticas na vida do adulto vítima de violência sexual na infância. Dessa forma, a análise da carta publicada, que dá voz ao sujeito, situa-se como objeto para acesso ao inconsciente amparada pela perspectiva de que toda pesquisa em psicanálise é clínica, mesmo que o campo não seja o clínico, por sustentar o método de pesquisa que promove o acesso à compreensão dos impactos do trauma no psiquismo. A pesquisa em Psicanálise permitiu rastrear a singularidade do sujeito que promove a problematização que interessa à compreensão do fenômeno social da violência sexual e a implicação na prática clínica. Nesse cenário, revelou-se imprescindível compreender as reverberações nos sujeitos adultos sobre a violência sexual vivenciada na infância, dando ênfase aos efeitos do desmentido e aos mecanismos de defesa criados inconscientemente pela vítima para tentar lidar com o traumático, ampliando a perspectiva de análise para o entendimento do sujeito e de seus sintomas para a ressignificação sobre o resto que persiste do trauma, os rastros do traumático.</p>2025-03-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Analytica: Revista de Psicanálisehttp://seer.ufsj.edu.br/analytica/article/view/5712Corpos entre telas e espelhos: a primazia do olhar e da imagem na cultura digital2025-03-25T15:42:12-03:00Giovanna Furtado de Mendonçagiovannafurtado@icloud.comMaria Isabel de Andrade Fortesmariaisabelfortes@gmail.com<p>O presente artigo se insere no campo de estudos sobre tecnologias digitais e subjetividades contemporâneas e tem como objetivo analisar a construção do corpo frente à primazia do olhar e da imagem na cultura digital. A partir do conceito de narcisismo presente na obra freudiana e da teorização sobre o estádio do espelho realizada por J. Lacan, examina-se a especularidade nas redes sociais, considerando a lógica particular com que se dá a interação entre usuários a partir da reflexão acerca da produção de imagens. Assim, problematiza-se o modelo identificatório predominante no modo de se fazer laço na cultura digital, destacando seus efeitos na relação que o sujeito estabelece com a dimensão do corpo próprio, que passa a ser tomado como pura imagem. Destaca-se, ainda, que o ato de compartilhar fotos de si mesmo nas redes sociais se tornou parte da dinâmica narcísica do sujeito contemporâneo, na qual o reconhecimento social parece ter se voltado para o reconhecimento digital, expresso por meio de curtidas, comentários e compartilhamentos. Essas reflexões indicam possíveis impactos do ato de ver e ser visto nas telas, renovando a discussão sobre a relação entre o sujeito, a imagem especular e o Outro na cultura digital.</p>2025-03-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Analytica: Revista de Psicanálisehttp://seer.ufsj.edu.br/analytica/article/view/5713Eros, destruições, transformações: sobre a renúncia erótica em uma fábula de Caio Fernando Abreu2025-03-25T15:50:07-03:00Otávio Barra Vianna Vitalotavio.barravianna@gmail.comWilson Camilo Chavescamilo@ufsj.edu.brElizabeth Fátima Teodoroelektraliz@yahoo.com.br<p>O artigo busca analisar a relação entre Eros, pulsão de morte e cultura, explorando a influência desses elementos na formação da subjetividade e na dinâmica social a partir da releitura desses conceitos psicanalíticos pelos filósofos de Frankfurt. O texto aborda a tensão entre as pulsões eróticas e a tendência à destruição, evidenciando como a cultura molda essa interação e seus efeitos na vida individual e coletiva. A pesquisa fundamenta-se em uma abordagem teórica, buscando também compreender como a temática vem a ser representada no conto “Transformações”, de Caio Fernando Abreu (1982/2016). Conclui-se que a superação das condições sociais opressivas e a promoção de uma sociedade orientada pelo amor e pela liberdade são fundamentais para o desenvolvimento humano e a construção de relações mais saudáveis e equitativas. A literatura e a arte, ao testemunharem as lutas e aspirações humanas, denunciam os elementos sobre os quais a busca pela integridade e pela felicidade em meio às adversidades da vida contemporânea persiste.</p>2025-03-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Analytica: Revista de Psicanálisehttp://seer.ufsj.edu.br/analytica/article/view/5390Oficinas terapêuticas com mulheres vítimas de violência sexual: Atendimento a refugiadas africanas2024-05-21T13:32:45-03:00Érica Toledo Corrêaericatoledocorrea@gmail.comFábio Rodrigues Belofabiobelo76@gmail.com<p>Este relato de experiência diz respeito à realização de oficinas terapêuticas com mulheres africanas refugiadas, vítimas de abuso sexual. As oficinas foram planejadas e conduzidas com base na Teoria Psicanalítica e combinaram três dimensões terapêuticas: a discursiva, a narrativa e a corporal. Nas práticas discursivas, de relatos pessoais, observou-se a relevância do testemunho para tirar as dores da invisibilidade. A partir de ferramentas narrativas foram oferecidos recursos simbólicos para a elaboração dos traumas. E com a utilização da dança buscou-se uma integração do que não pode ser atingido por palavras. A experiência das africanas com o próprio corpo revelou aspectos protetores da subjetividade diante da violência sexual. Tais constatações sugerem um caminho valioso no atendimento a mulheres brasileiras.</p>2025-03-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Analytica: Revista de Psicanálisehttp://seer.ufsj.edu.br/analytica/article/view/5059O conceito de transferência de trabalho em psicanálise: uma revisão integrativa da literatura brasileira2023-10-16T13:57:51-03:00Alexandre James Ferreiraalexandre.jamesf@gmail.comJuliana Ferreira da Silvajuliana.dasilva.ucb@gmail.com<p>O presente trabalho corresponde a uma revisão integrativa da literatura brasileira, de natureza básica e abordagem qualitativa, com o objetivo de explorar o conceito de “transferência de trabalho” em psicanálise. A revisão integrativa foi estruturada em três categorias de análise, a saber: 1) o trabalho de transferência e a transferência de trabalho; 2) a transferência de trabalho e a transmissão em psicanálise; e 3) a formação do analista. A transferência de trabalho, enquanto o vínculo estabelecido entre os analistas, com a produção e transmissão de saber no campo psicanalítico, respeita uma condição possível a todos aqueles transferidos com a psicanálise. O processo de transferência de trabalho expressa uma operação inerente à coletividade dos que estão inseridos nesse cenário de percurso analítico. Diante da pertinência e operação que a transferência de trabalho exerce na produção, transmissão e prática da psicanálise, buscou-se investigar a implicação que o conceito – transferência de trabalho – exerce na produção psicanalítica, e não apenas o que a produção tem a dizer sobre o conceito.</p>2025-03-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Analytica: Revista de Psicanálisehttp://seer.ufsj.edu.br/analytica/article/view/5465A regressão na clínica psicanalítica: um estudo comparativo entre Klein e Winnicott2024-06-13T13:51:45-03:00Alexandre Patricio de Almeidaalexandrepatriciodealmeida@yahoo.com.brFilipe Pereira Vieirafilipepevi@hotmail.com<p>Este artigo examina as convergências e divergências entre as ideias de Melanie Klein e D. W. Winnicott no que diz respeito à noção de regressão na clínica psicanalítica. Trata-se de um estudo teórico-conceitual, fundamentado em uma extensa revisão bibliográfica e respaldado tanto pelo conhecimento prévio dessas teorias quanto pela experiência clínica dos autores. Para Klein, a regressão não contribui positivamente para o processo analítico, pois, de acordo com a autora, o tratamento visa a garantir a conquista e a elaboração da posição depressiva. A regressão, nesse contexto, seria um retrocesso, levando o indivíduo de volta à posição esquizoparanoide. Em contraste, para Winnicott, a regressão tem como objetivo retomar algum estágio do desenvolvimento emocional que não pôde ser integrado devido à ocorrência de falhas ambientais. Ao regredir, o indivíduo tem a oportunidade de elaborar e integrar esse estágio que antes não pôde ser experienciado, desta vez, diante da confiabilidade de um setting especializado. Com o intuito de expandir nossos argumentos, recorre-se, ao final, a uma vinheta clínica para ilustrar os temas discutidos.</p>2025-03-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Analytica: Revista de Psicanálisehttp://seer.ufsj.edu.br/analytica/article/view/5466Perspectivas de Eça de Queiroz e Sigmund Freud sobre civilização e a felicidade2024-09-26T12:44:56-03:00João Pedro de Sá Rorizjoaoproriz@yahoo.comGabriel Grabowskigabrielg@feevale.br<p>O artigo aborda as perspectivas de Eça de Queiroz e de Sigmund Freud sobre o tema civilização, tomando como base o conto “Civilização”, de Eça de Queiroz (1892), e o texto psicanalítico “O mal-estar na civilização”, de Freud (1929). O artigo demonstra que ambos os escritos compartilham a temática central da crítica à sociedade e os desafios da civilização contemporânea. Enquanto Queiroz examina a tensão entre avanços tecnológicos e as necessidades fisiológicas, sociais e psicológicas do homem, Freud explora o conflito entre pulsões individuais e restrições culturais, destacando a importância de Eros (amor) para a preservação da humanidade diante da agressividade natural. A pesquisa, de abordagem qualitativa e fundamentada em revisão bibliográfica, visa a analisar esses textos sob um enfoque psicanalítico e filosófico, apontando a distância epistemológica entre as concepções de civilização e felicidade em cada autor bem como suas convergências e divergências. Ambas as obras abordam o tema da felicidade, as exigências da civilização em torno das modernidades e os desafios éticos enfrentados pela humanidade diante do tamponamento do desejo com a exacerbação do consumo. Por outro lado, as obras divergem sobre o modo como os autores entendem o conceito de felicidade e a possibilidade de alcançá-la. Os dois autores, apesar das diferenças em estilos e abordagens, contribuem para uma compreensão mais profunda das questões sociais e psicológicas enfrentadas pelo ser humano ao longo do tempo. Em conclusão, as obras de Queiroz e de Freud oferecem insights valiosos sobre a sociedade quando provocam reflexões sobre os fundamentos éticos e os desafios contemporâneos, validos, inclusive, para os debates sobre a atual era digital e a busca da felicidade no prazer e no hiperconsumo.</p>2025-03-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Analytica: Revista de Psicanálisehttp://seer.ufsj.edu.br/analytica/article/view/5530Entre Velásquez e Pirandello: o olhar descentrador de subjetividades2024-09-25T13:08:40-03:00Davide Chareundavide.chareun@gmail.comMaurício Eugênio Maliskammaliska@yahoo.com.br<p>O presente ensaio visa a analisar um trecho da obra de Pirandello , em seu livro Uno, nessuno e centomila, a partir da presença do espelho como ferramenta artística para a produção de efeitos de sentido e outras posições subjetivas. Para tanto, partir-se-á da análise de Foucault sobre a obra de Velásquez, As damas de companhia, buscando possíveis articulações teóricas com a obra de Pirandello, para sucessivamente costurar essas leituras com o conceito psicanalítico de pulsão escópica em Lacan. Assim, acredita-se que os possíveis efeitos produzidos no espectador e leitor, gerados por uma relação de espelhamento com a obra, se possibilitam por fatores constitutivos e estruturantes da subjetividade, a qual se funda, em última instância, por efeitos imaginários e simbólicos na relação com o outro.</p>2025-03-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Analytica: Revista de Psicanálisehttp://seer.ufsj.edu.br/analytica/article/view/5714Psicanálise e Ciência: no vazio da evidência, a potência do saber2025-03-25T16:05:43-03:00Helena de Almeida Cardoso Caversanhelenacaversan@gmail.comElizabeth Fátima Teodoroelektraliz@yahoo.com.br2025-03-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Analytica: Revista de Psicanálise