Adorno: Ideologia, cultura de massa e crise da subjetividade

Autores

  • Francisco Fianco

Resumo

Resumo: Tomando como ponto de partida as reflexões adornianas sobre o mundo administrado constantes em Mínima Moralia, traçaremos os reflexos da dominação e da opressão dos seres humanos pelas estruturas da sociedade em que vive através da ideologia que, propagada pelas campanhas publicitárias e pelos bens culturais de consumo massivo, lentamente é introjetada pelos seus receptores e propicia que eles tenham como verdadeiros e inabaláveis os valores que recebem passiva e subliminarmente sem notar que eles pertencem a uma estrutura psicológica maliciosamente projetada para mantê-los em tal estado de submissão. Para tanto, nos valeremos igualmente de uma breve análise das produções culturais e dos fenômenos artísticos igualmente abordados por Adorno em outros textos com o mesmo enfoque, para demonstrar como a hegemonia de tal estrutura, ainda que não exercite uma dominação calcada na violência física enquanto ameaça de um estado totalitário contra o indivíduo, exerce uma opressão psicológica, uma dominação a partir de dentro, o que descamba em um esvaziamento da subjetividade e elimina com ela qualquer possibilidade de atitude crítica que possa barrar ou amenizar este processo de coisificação do mundo e das relações humanas e avaliação de todo o existente a partir do ponto de vista da quantificação monetária e da possibilidade de lucro ou de expansão de mercado consumidor.

Palavras-Chave: Cultura de Massa; Ideologia; Alienação

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Publicado

2017-08-03

Como Citar

Fianco, F. (2017). Adorno: Ideologia, cultura de massa e crise da subjetividade. Revista Estudos Filosóficos UFSJ, (4). Recuperado de http://seer.ufsj.edu.br/estudosfilosoficos/article/view/2356

Edição

Seção

Artigos