Sobre a enunciação de mulheres não brancas na ciência: uma análise da produção intelectual de Glória Anzaldúa e bell hooks
Palavras-chave:
Mulheres, Ciência, Subalternidade, Feminismo, Experiência.Resumo
O presente trabalho busca investigar a fala/silêncio de mulheres de cor na produção científica, e estabelecer uma discussão em torno do lócus enunciativo do sujeito subalterno na vida social contemporânea, no campo científico. Foram analisados os textos “Intelectuais Negras” de bell hooks e “Falando em línguas: uma carta para as mulheres escritoras do Terceiro Mundo” de Gloria Anzaldúa. Também foram tomadas as contribuições de Gayatri Spivak (2010) no texto “Pode o subalterno falar”. As análises apontaram que as teóricas estudadas buscam novas estratégias epistemológicas e estabelecem um diálogo crítico com distintas correntes do pensamento. As mulheres, até agora produzidas como objetos do saber, reclamam a produção de um saber local, sobre si mesmas. Assim, transitam entre o silêncio e a fala, entre a ausência de uma produção audível e a denúncia de uma história invisível numa ciência imperialista.
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