Violência estrutural e marcas ditatoriais: análise psicossocial a partir de narrativas periféricas

Autores

Resumo

O presente artigo tem como objetivo analisar a permanência de marcas ditatoriais pós-transição democrática no Brasil a partir de narrativas obtidas em dois estudos psicossociais realizados em Heliópolis – periferia urbana da cidade São Paulo. O primeiro focou a construção e elaboração das memórias de violências do/no Estado de nove jovens moradores, enquanto o segundo reconstruiu as memórias sobre as violações aos direitos humanos de um grupo de mães de adolescentes em medida socioeducativa e de técnicos dos serviços que os acompanham. A partir dos conceitos de violência, trauma psicossocial e memória histórica de Ignacio Martín-Baró, apresenta-se uma análise da persistência das marcas ditatoriais na sociedade brasileira, que atingem, sobretudo, a população jovem negra e periférica sob a forma do genocídio, exclusão, suspeita e violência sistemática dos agentes de Estado.

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Biografia do Autor

Beatriz Oliveira Besen, Programa de Mudança Social e Participação Política (ProMuSPP) da EACH/USP

Doutoranda no ProMuSPP EACH-USP/SP; Mestranda em Estado, Gobierno y Políticas Públicas na FLACSO/BR; Psicóloga e Mestre em Psicologia pelo Instituto de Psicologia/USP.

Soraia Ansara, Programa de Mudança Social e Participação Política (ProMuSPP) da EACH/USP

Doutora em Psicologia Social; Professora do Programa de Pós-graduação em Mudança Social e Participação Política (EACH-USP/SP) e do Curso de Especialização em POT da Universidade Mackenzie.

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Publicado

2021-06-07

Como Citar

Besen, B. O., & Ansara, S. (2021). Violência estrutural e marcas ditatoriais: análise psicossocial a partir de narrativas periféricas. Revista Pesquisas E Práticas Psicossociais, 16(2), 1–16. Recuperado de http://seer.ufsj.edu.br/revista_ppp/article/view/e3909

Edição

Seção

Número temático: Psicosociología en Latinoamérica