Dos rumos da análise: construções e reconstruções de uma história singular a partir da interpretação em Lacan
DOI:
https://doi.org/10.69751/arp.v12i23.4211Palavras-chave:
Limites da análise, Análise Terminável e Interminável, Verdade do sujeito, Estudos da subjetividade, Psicanálise e subjetividade.Resumo
Este artigo parte da concepção de sujeito, sustentada pelo pensamento de Lacan, que aponta para algo que se esvai no advento do sentido. A partir desse pressuposto, propomo-nos a caracterizar que função teria o eu, situando-o no contexto analítico, perante a interpretação em uma análise. Diante disso, questionamo-nos qual seria seu lugar, posto que estamos acostumados a entendê-lo como uma unidade que nos constitui e que elabora nosso pensamento. Embora pareça ser uma questão simples, a leitura dos textos freudianos, sob o prisma de Lacan, oferece à interpretação um outro lugar – e um lugar imprescindível –, quando se delimita o rumo de uma análise, não como aquela que fomenta o fortalecimento do eu, mas como a que propicia um percurso que ampara o vazio que nos consiste. Considerado isso, este trabalho busca explicitar os processos que constituem uma análise, enfatizando a sustentação de um espaço singular que permita ao sujeito reinventar sua própria história, respeitando o vazio que lhe é inerente.
Palavras-chave: Constituição. Sujeito. Interpretação. Psicanálise. Lacan.