A maternidade e o bebê imaginário
DOI:
https://doi.org/10.69751/arp.v12i23.4984Resumo
O presente artigo tem por finalidade discorrer acerca do processo de concepção e luto do bebê imaginário, destacando a importância deste para a vinculação mãe-bebê. Durante a gestação, a mulher empreende um trabalho imaginativo a partir do qual ela constrói o bebê imaginário, concebendo este como uma imagem idealizada e perfeita do feto que carrega em seu ventre. O bebê imaginário é fruto das expectativas, desejos e devaneios da futura mamãe, sendo o alvo do investimento narcísico e libidinal da gestante. Após o nascimento, este bebê idealizado será confrontado com o bebê da realidade, que nunca será exatamente igual ao que foi fantasiado ao longo da gravidez. Assim, será necessário que a mãe realize um luto pela perda do bebê imaginário para, então, poder se vincular ao bebê real, assegurando um espaço para sua constituição psíquica enquanto sujeito diferenciado dela e portador de características e identidade próprias.