Do nome próprio à nomeação: diálogo com Lacan e Lélia Gonzalez
DOI:
https://doi.org/10.69751/arp.v12i22.5188Resumo
O presente artigo deriva do questionamento sobre as possibilidades de escutas antirracistas na clínica psicanalítica. Buscamos desdobrar as reflexões produzidas a partir do diálogo entre textos de Jacques Lacan e Lélia Gonzalez, resultando nesse ensaio teórico. Optando pelo recorte que contempla os eixos sobre a metáfora do nome próprio e seu esquecimento, trabalhados por Lacan em O Seminário, livro 12, e alguns apontamentos acerca do que o psicanalista defende sobre as identificações em O Seminário, livro 9, trouxemos também a escrita de Gonzalez sobre as nomeações referidas às mulheres negras na sociedade brasileira. Entendendo que essa interlocução contribui para pensar as questões que envolvem a escuta clínica em Psicanálise e a aproxima de outras áreas do saber para refletir sobre temas que perpassam as relações cotidianas, propusemos a articulação da Psicanálise, em sua potencialidade subversiva, com a escrita antirracista da teórica brasileira e sua importante contribuição para os estudos decoloniais.
Palavras-chave: Clínica psicanalítica. Escuta. Racismo. Esquecimento. Nomeações.