A psicose em Lacan: mutações da teoria a partir da clínica
DOI:
https://doi.org/10.69751/arp.v12i23.5319Resumo
Este artigo pretende investigar quais definições sobre a psicose encontram-se na teoria psicanalítica lacaniana, entre as décadas de 1950 e 1960. Faremos um percurso localizando como Lacan parte da Psiquiatria em direção às ideias de Freud, retirando a psicose de uma condição patológica elevando-a a uma das três estruturas clínicas. Interrogaremos o que faz da psicose, na década de 1950, uma estrutura marcada por um déficit simbólico em relação à neurose e apresentaremos a concepção lacaniana acerca dos fenômenos elementares presentes no desencadeamento da psicose, o mecanismo estruturante dos sujeitos psicóticos e a solução apontada por Lacan para estabilização da crise. Quanto à década de 1960, introduziremos o objeto real formulado por Lacan, o objeto a, buscando descrever as principais implicações dessa nova teorização para a concepção de psicose. Ao compararmos esses dois momentos da teoria lacaniana, buscamos demonstrar como a introdução do objeto a modifica o paradigma lacaniano acerca da psicose fundado na forclusão do Nome-do-Pai.
Palavras-chave: Psicose. Psicanálise. Lacan.