A regressão na clínica psicanalítica: um estudo comparativo entre Klein e Winnicott
DOI:
https://doi.org/10.69751/arp.v13i26.5465Resumo
Este artigo examina as convergências e divergências entre as ideias de Melanie Klein e D. W. Winnicott no que diz respeito à noção de regressão na clínica psicanalítica. Trata-se de um estudo teórico-conceitual, fundamentado em uma extensa revisão bibliográfica e respaldado tanto pelo conhecimento prévio dessas teorias quanto pela experiência clínica dos autores. Para Klein, a regressão não contribui positivamente para o processo analítico, pois, de acordo com a autora, o tratamento visa a garantir a conquista e a elaboração da posição depressiva. A regressão, nesse contexto, seria um retrocesso, levando o indivíduo de volta à posição esquizoparanoide. Em contraste, para Winnicott, a regressão tem como objetivo retomar algum estágio do desenvolvimento emocional que não pôde ser integrado devido à ocorrência de falhas ambientais. Ao regredir, o indivíduo tem a oportunidade de elaborar e integrar esse estágio que antes não pôde ser experienciado, desta vez, diante da confiabilidade de um setting especializado. Com o intuito de expandir nossos argumentos, recorre-se, ao final, a uma vinheta clínica para ilustrar os temas discutidos.