A docência como uma performance feminista
Palavras-chave:
Epistemologias. Feminismos subalternos. Políticas de escrita. Pluriversalidade.Resumo
A partir de teorizações produzidas pelos feminismos subalternos, abordarei neste artigo a ideia de uma docência como uma performance capaz de criar outras ficções em cenários e escritas acadêmicas. Essas ficções se contrapõem às cosmovisões fossilizadas da ciência moderna, trazendo a possibilidade de cruzamentos com epistemes alternativas. Dessa hibridização, resultam escritas e pesquisas que tomam como parâmetro sujeitos do conhecimento fraturados, que se inspiram em suas incertezas epistemológicas, entrelaçando vida e ciência, conscientes da conexão que há entre elas. A partir de concepções que trazem a possibilidade de que o saber das(os) subalternizadas(os) venha à tona, enceno o encontro de quatro mulheres, “as mortas-vivas do conhecimento”: Carolina Maria de Jesus, Anastácia, Tia Marcelina e Gloria Anzaldúa. Desse encontro improvável, mas fecundo, resulta uma escrita feminista e poética banhada na pluriversalidade e que serve de parâmetro para inspirar performances discentes, em um movimento no qual nossos corpos se afetam mutuamente.Downloads
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