A política do método psicanalítico
DOI:
https://doi.org/10.69751/arp.v13i24.4558Palavras-chave:
política, método, psicanálise, casos clínicos.Resumo
Partimos da premissa que há, desde Freud, um contínuo movimento rumo a construção de uma psicanálise que subverte e resiste às intempéries de seu tempo. Compreendemos que uma das subversões da psicanálise está diretamente associada à invenção do método psicanalítico. Com isso, esse artigo tem como objetivo localizar a política engendrada no método da psicanálise no contexto das pesquisas científicas. Concebemos que a política do método se vincula à capacidade de (re)introduzir a palavra ao sujeito no próprio âmbito do discurso da ciência. Circunscrevemos essa política associada à construção de casos clínicos. Delineamos que tanto a inclusão do sujeito no discurso da ciência quanto a transformação da teoria da psicanálise agregam a política engendrada pelo método psicanalítico. Alçamos que a política envolvida na construção de casos clínicos permite seguir as mutações da subjetividade do ser ao acompanhar as mudanças do seu tempo. Concluímos que a pesquisa em psicanálise que retorna aos territórios, que se inclina ao modo como o sujeito têm se apresentado no contemporâneo, continua atestando uma via de reconsiderar o sujeito, e sua palavra, no âmbito clássico das ciências, quiçá mantendo vivo e resistente, na diferença aos outros saberes, o fazer psicanalítico.