Horizontes neoliberais na subjetividade
DOI:
https://doi.org/10.69751/arp.v11i21.4803Palavras-chave:
psicanálise, Jorge Alemán, subjetividade, neoliberalismo.Resumo
O texto de Jorge Alemán intitulado “Horizontes neoliberais na subjetividade” foi publicado em 2016 como capítulo de um livro homônimo, além de uma série de textos centralizados nesta temática tão atual. O debate proposto por Alemán aponta principalmente para a especificidade do neoliberalismo, já que seria o primeiro regime histórico a tentar atingir o simbólico. Ao disputar o campo do sentido, busca capturar o sujeito pela palavra que é sua dependência estrutural. Sua novidade é promover um modelo de subjetividade que se configura pelo paradigma empresarial, competitivo e gerencial, ou seja, o indivíduo empreendedor de si mesmo. Esta nova subjetividade, marcada pelo imperativo do ilimitado, espolia qualquer possibilidade de um legado simbólico ou história a decifrar sobre a subjetividade particular de cada um. Tentando promover assim uma heterogeneidade, que se reduz ao circuito da forma mercadoria. Nesse sentido, a contribuição de Alemán passa pelo reconhecimento dessa impossibilidade, já que nem tudo é apropriável pelo Capital, como exemplificado pela categoria de sujeito, que se constitui como aquilo que possibilita a abertura para a diferença, para a não-totalização.