De afeto a transtorno: a patologização da angústia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.69751/arp.v13i24.4950

Resumo

Neste artigo, desenvolvemos uma discussão sobre o tratamento da angústia na clínica psicanalítica e psiquiátrica. Por um lado, a angústia é uma expressão subjetiva que Freud chamou de afeto; por outro, trata-se de um sintoma a ser eliminado. Investigaremos o movimento de patologização que transformou a angústia em transtorno de ansiedade, ao levantar o histórico desse fenômeno nos manuais de classificação de doenças e transtornos – DSM e CID. Comparamos as abordagens sobre angústia tanto em psicanálise quanto em psiquiatria, considerando as noções da teoria lacaniana de angústia enquanto afeto e sua relação com o sintoma: não o sintoma a ser extirpado, mas decifrado. Seguimos a indicação de Jacques Lacan de não tomarmos angústia e sintoma como sinônimos, tampouco angústia e transtorno de ansiedade. Destacamos, entretanto, que o sintoma pode ser uma via de tratamento da angústia em análise. Ao concluir, consideramos a proposta lacaniana de sintomatização da angústia como modo de tratamento deste afeto, tal como a conversão em fobia.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Alyne Pinto Ribeiro, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

Psicanalista. Mestra em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Especialista em Clínica Psicanalítica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Graduada em Psicologia pela Universidade Federal Fluminense (UFF).

Marcus André Vieira, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Psicanalista. Doutor em Psicanálise pela Université de Paris VIII. Graduado em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Downloads

Publicado

25-10-2024

Como Citar

Ribeiro, A. P., & Vieira, M. A. (2024). De afeto a transtorno: a patologização da angústia. Analytica: Revista De Psicanálise, 13(24). https://doi.org/10.69751/arp.v13i24.4950