Oficinas terapêuticas com mulheres vítimas de violência sexual: Atendimento a refugiadas africanas
DOI:
https://doi.org/10.69751/arp.v13i26.5390Resumo
Este relato de experiência diz respeito à realização de oficinas terapêuticas com mulheres africanas refugiadas, vítimas de abuso sexual. As oficinas foram planejadas e conduzidas com base na Teoria Psicanalítica e combinaram três dimensões terapêuticas: a discursiva, a narrativa e a corporal. Nas práticas discursivas, de relatos pessoais, observou-se a relevância do testemunho para tirar as dores da invisibilidade. A partir de ferramentas narrativas foram oferecidos recursos simbólicos para a elaboração dos traumas. E com a utilização da dança buscou-se uma integração do que não pode ser atingido por palavras. A experiência das africanas com o próprio corpo revelou aspectos protetores da subjetividade diante da violência sexual. Tais constatações sugerem um caminho valioso no atendimento a mulheres brasileiras.