Angústia e fantasia na nova ordem simbólica: considerações sobre o mal-estar na contemporaneidade
DOI:
https://doi.org/10.69751/arp.v13i25.5668Resumo
Este trabalho buscou investigar como se dá a articulação entre angústia e fantasia na nova ordem simbólica, caracterizada pela ascensão do objeto a ao zênite social na contemporaneidade, sob a ótica da Psicanálise de orientação lacaniana, mediante pesquisa qualitativa e de caráter bibliográfico. Para tal, inicialmente realizamos revisão aprofundada dos conceitos de angústia e fantasia na obra de Sigmund Freud e no ensino de Jacques Lacan, buscando entender como esses conceitos se articulam. Em seguida, focamos nossa atenção na concepção de objeto a, fundamental para compreendermos os seus efeitos na constituição subjetiva dos sujeitos, relacionados ao seu apogeu na contemporaneidade. No último tópico, apresentamos um panorama das diferenças nos modos de manifestação do mal-estar na contemporaneidade em relação à descrição freudiana, atentando-nos, especialmente, no incremento da angústia e na queda da fantasia. Concluímos apresentando um caso clínico, estabelecendo como a fantasia pode dar conta da angústia característica da época do Outro que não existe.