Autismo e alienação
DOI:
https://doi.org/10.69751/arp.v12i22.5179Resumo
Este trabalho tem como objetivo trazer considerações acerca da posição subjetiva do autismo frente à alienação. As operações topológicas de alienação e separação desenvolvidas por Jacques Lacan no Seminário 11 são frequentemente retomadas por autores relevantes ao campo da psicanálise para pensar o diagnóstico diferencial e direções de tratamento em relação às psicopatologias infantis. Nesse contexto, localizamos na bibliografia acerca da clínica do autismo uma frequente associação por parte de alguns autores entre a posição autística e a inscrição da alienação. Dessa forma, propomos rever, à luz dos trabalhos de Marie-Christine Laznik, a articulação da alienação aos registros imaginário, simbólico e real, a partir de diferentes momentos da obra lacaniana que se encontram no ponto em que o campo do sujeito se conjuga à dimensão da pulsão, sempre por meio da alteridade. Ao final, mostraremos como a alienação à imagem, ao significante e ao furo é essencial a toda e qualquer constituição subjetiva.
Palavras-chave: Alienação. Separação. Pulsão. Autismo. Psicopatologia da infância.