A agressividade em laço no tratamento psicanalítico de crianças

Autores

DOI:

https://doi.org/10.69751/arp.v13i26.5706

Resumo

O presente trabalho objetivou interrogar o lugar da agressividade no tratamento psicanalítico com crianças, fomentando reflexões sobre o manejo clínico dessa forma de expressão, visando a contribuir para o estudo do cuidado e tratamento, em psicanálise, das psicopatologias da infância. Desse modo, a investigação buscou jogar luz ao dilema da agressividade enquanto (im)passe do pequeno sujeito em sua constituição psíquica, deslocando a agressividade do lugar de um significante atrelado à cadeia da indisciplina e da desobediência. Daí, elencamos questões: é possível manter a agressividade em cena no tratamento para que, a partir dela, a criança possa estabelecer outras formas de se endereçar ao Outro? Como criar condições clínicas e funções terapêuticas que possibilitem o tratamento do pequeno sujeito? Para tanto, foi necessário articular conceitos importantes para o campo psicanalítico como demanda e transferência. Por meio de revisão bibliográfica e do contato com questões clínico-institucionais, foi possível evidenciar a importância da aposta no lúdico na clínica com crianças enquanto recurso de elaboração simbólica, afirmando a singularidade em jogo e a atenção ao lugar que o ato agressivo ocupa enquanto defesa da criança para o Outro social. A relevância deste trabalho deu-se ao traçar a contribuição da escuta psicanalítica na afirmação de um trabalho em saúde mental com crianças descolado de uma terapêutica do ajustamento, sustentando efeitos do discurso psicanalítico no trabalho terapêutico. Acredita-se que essa direção de estudos tem grande importância e influência para outros campos de saber para além da clínica, como para as escolas, assistência social e outras instituições de garantia de direitos, além das famílias que demandam o tratamento.

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Biografia do Autor

Ariana Lucero, Universidade Federal do Espírito Santo

Psicóloga, psicanalista, Profa. Adjunta do Departamento de Psicologia e do Programa de Pós-graduação em Psicologia Institucional da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Membro do GT Psicanálise e Educação da ANPEPP e da RUEPSY (Espírito Santo, Brasil). 

Daniel Barros Bermudes, Universidade Federal do Espírito Santo

Residente em Saúde Mental pelo Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde. Psicólogo pela Universidade Federal do Espírito Santo (Espírito Santo, Brasil).

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Publicado

27-03-2025

Como Citar

Lucero, A., & Bermudes, D. B. (2025). A agressividade em laço no tratamento psicanalítico de crianças. Analytica: Revista De Psicanálise, 13(26). https://doi.org/10.69751/arp.v13i26.5706

Edição

Seção

JOVENS PESQUISADORES