Dos textos pré-psicanalíticos até O homem dos ratos: continuidade e transformação da concepção de neurose obsessiva

Autores

DOI:

https://doi.org/10.69751/arp.v13i24.5003

Resumo

Este artigo pretende demonstrar que, mesmo com as alterações nos fundamentos da teoria freudiana, muito daquilo formulado sobre a neurose obsessiva nos textos pré-psicanalíticos permaneceu, mesmo que em certa medida alterado, integrante da definição de neurose obsessiva na primeira tópica. Para isso, examina-se como essa afecção foi definida nos primeiros textos pré-psicanalíticos, quando era considerada uma neuropsicose de defesa e sua etiologia era localizada na experiência de sedução. Nesse percurso, percebe-se que a clínica das obsessões desempenhou importante papel no abandono da teoria da sedução e fundação da primeira tópica ao fornecer os indícios da existência e potência dos desejos edípicos no psiquismo. A partir de uma análise do caso O homem dos ratos são identificadas diversas noções que foram antecipadas nos textos pré-psicanalíticos sobre as obsessões. Dentre elas destaca-se o mecanismo de deslocamento; a concepção de sintoma como retorno do recalcado e formação de compromisso; os sintomas obsessivos como autorrecriminações transformadas relacionadas à sexualidade.

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Biografia do Autor

Ana Sofia Horst Bezuska, Universidade Federal do Paraná

Psicóloga. Mestra em Psicologia Clínica pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Especialista em Psicologia Clínica: Abordagem Psicanalítica pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).

Nadja Nara Barbosa Pinheiro, Universidade Federal do Paraná

Doutora e mestra em Psicologia. Professora Titular do Departamento de Psicologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

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Publicado

25-10-2024

Como Citar

Bezuska, A. S. H., & Pinheiro, N. N. B. (2024). Dos textos pré-psicanalíticos até O homem dos ratos: continuidade e transformação da concepção de neurose obsessiva. Analytica: Revista De Psicanálise, 13(24). https://doi.org/10.69751/arp.v13i24.5003