Os contos de fadas como recurso simbólico infantil: uma perspectiva psicanalítica
DOI:
https://doi.org/10.69751/arp.v13i25.5463Resumo
Este artigo consiste em uma revisão integrativa de literatura, de caráter qualitativo exploratório que objetiva compreender, sob a perspectiva psicanalítica, como os contos de fadas podem ser uma ferramenta terapêutica para o desenvolvimento emocional da criança. Os conteúdos são organizados em introdução, metodologia, resultados e discussão, que traz os artigos reunidos e a discussão teórica deles, primeiro abordando a concepção da infância e o surgimento dos contos de fadas por meio da história, seguido pela caracterização do psiquismo infantil na perspectiva psicanalítica e, então, aplicação dos contos de fadas no contexto clínico. Por fim, as considerações finais apontam os principais achados e considerações. Para a produção da pesquisa, utilizaram-se as recomendações PRISMA e artigos levantados nas bases SciELO e BVS, sendo o conteúdo dos artigos incluídos avaliado segundo os objetivos específicos da pesquisa. Nos resultados, observa-se uma relação histórica do surgimento dos contos de fadas como estilo literário e a concepção de infância ao longo dos tempos, a presença de fenômenos psíquicos de simbolização, continência e elaboração pela identificação, ou apenas contato, mediado por um narrador, com os contos de fadas. Ademais, que o uso das narrativas em contexto clínico com crianças possibilita a elaboração de conflitivas emocionais, principalmente relativas ao abandono. Conclui-se que os contos de fadas se mostraram efetivos como recurso para o desenvolvimento emocional das crianças, por serem uma via de simbolização das emoções, descontração de angústias e o fantasiar de sua própria versão das estórias.