O velar da cultura sobre a androginia: entre o estranho e o sublime
DOI:
https://doi.org/10.69751/arp.v13i25.5671Resumo
O presente artigo apresenta resultados da pesquisa “O Discurso Imagético da Androginia: uma perspectiva conceitual, social e psicológica”, que objetivou recolher os impactos e significados que o encontro visual com obras de arte que retratam a androginia produz nos sujeitos. Seguindo uma metodologia de entrevistas focalizadas de grupo, apresentamos as obras e conduzimos a roda de conversa on-line. Nessa discussão, trabalharemos com as expressões e ideias que se destacaram em cada grupo como força centrípeta para pensar as afetações do tema da androginia, elucidados a partir do estímulo das peças artísticas apresentadas nas entrevistas supracitadas. Pensando nas diferentes possibilidades de afetos desencadeados em relação à arte, consta-se na discussão a ideia clássica do belo e do sublime, bem como as inovações a partir do texto freudiano, que envolve discussões sobre o estranho ou infamiliar e o feio. Acrescenta-se à nossa discussão uma articulação entre o belo e o sublime com as noções de identificação e de pertencimento, na mesma medida em que assumimos o feio e o estranho como conectado à perspectiva de subversão e de infamiliar.