Sobre Arte e Poesia no Tempo do Niilismo: Uma leitura a partir de O homem sem conteúdo, de Giorgio Agamben
Resumo
Resumo: Procuramos abordar no seguinte estudo a relação entre arte e niilismo tomando como fio condutor a primeira obra do filósofo italiano Giorgio Agamben (1942), O homem sem conteúdo, publicada pela primeira vez em 1970. Percorre-se os argumentos centrais do texto (tais como a autonomia da arte como sua desvinculação do campo prático-político, a instalação de uma negatividade fundamental no seio da atividade artística etc.) com o fito de proporcionar a seguinte discussão: em que medida a filosofia, ao se propor julgar o belo e a arte como objetos de pensamento, não produziu uma transformação em outras esferas da vida humana (como a história e a política)? Pode a filosofia pensar a arte sem desenraizá-la de seu solo práticopolítico,
sem desarticular com isso uma morada humana no mundo? No sentido apontado por essas questões, articula-se uma discussão da obra de Agamben com textos de Platão e Heidegger (pensadores com os quais a bra agambeniana mantém constante diálogo).
Palavras-chave: Arte; Poesia; História; Niilismo.