Notas de um construtivismo anti-intelectualista

Autores

  • Lucas Mateus Dalsotto

Resumo

Resumo: A finalidade do presente texto é avaliar a possibilidade de aproximar a teoria metaética construtivista de Sharon Street ao modelo de propostas anti-intelectualistas em ética no que diz respeito à ideia de agente e da relação entre ação e motivação. As teorias anti-intelectualistas alegam que ações morais são sempre ações de um indivíduo dado circunstancialmente, o qual possui convicções, crenças, emoções e sentimentos que afetam constantemente o tipo de pessoas que ele é. Teorias construtivistas em metaética, por sua vez, não precisam estar necessariamente de acordo com esta tese. Elas sustentam que o mundo dos juízos normativos é justificado apenas pela capacidade agencial (agência) dos indivíduos, os quais são sempre constituídos por seus planos de vida particulares, pelo tipo de pessoa que esperam ser, pelos valores da comunidade na qual vivem e pelos deveres que se impõem de modo categórico aos agentes. No entanto, embora as teorias construtivistas possam se vincular às propostas intelectualistas, o modelo construtivista de Sharon Street parece reforçar a ideia antiintelectualista de que não é possível exigir que os indivíduos deliberem a respeito de ações sempre de modo imparcial e exterior aos seus projetos de vida.

Palavras-chave: Construtivismo; Anti-intelectualismo; Metaética; Sharon Street.

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Publicado

2017-06-09

Como Citar

Mateus Dalsotto, L. (2017). Notas de um construtivismo anti-intelectualista. Revista Estudos Filosóficos UFSJ, (15). Recuperado de http://seer.ufsj.edu.br/estudosfilosoficos/article/view/2057

Edição

Seção

Artigos