Gênio e Natureza na Crítica do Juízo

Autores

  • Danilo Citro
  • Helio Lopes da Silva

Resumo

Resumo: Propomos relacionar a noção de gênio na Crítica da Faculdade do Juízo com as introduções à mesma obra, que dizem respeito ao sistema das faculdades de conhecimento e do ânimo. É patente o abismo insuperável entre os dois domínios da filosofia, a saber, teórico e prático. O filósofo de Konigsberg arquiteta uma pretensa ponte entre os dois cumes, porém, apenas enquanto sistema crítico e subjetivo. A faculdade de julgar se apresenta como legislador a priori, porém, diversa da legislação do entendimento e da razão, que são determinantes. O juízo é apenas reflexivo, pois mira a legislação do contingente, de leis empíricas particulares. Na analítica do belo, a legalidade do contingente é encontrada no conceito árido de conformidade a fins, que faz do objeto belo apreciado um exemplo, e não uma lei geral. A conformidade a fins é vista na Natureza apenas do ponto de vista técnico (artístico). O gênio é dotado de uma faculdade produtora, cuja obra é a arte bela, o qual Kant faz uma analogia com a Natureza. A obra de arte bela parece ser objeto da natureza. Assim, sustentamos que essa analogia somente é possível se pensarmos Natureza considerada do ponto de vista técnico, cuja legalidade está no contingente e no exemplo.

Palavras-chave: Gênio; Natureza; Arte.

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Publicado

2017-07-18

Como Citar

Citro, D., & Lopes da Silva, H. (2017). Gênio e Natureza na Crítica do Juízo. Revista Estudos Filosóficos UFSJ, (5). Recuperado de http://seer.ufsj.edu.br/estudosfilosoficos/article/view/2304

Edição

Seção

Artigos