Liberdade e existência: os movimentos do existir em Simone de Beauvoir

Authors

  • Márcia Regina Viana

Abstract

Resumo: Para Simone de Beauvoir, é no mundo dado que estão repousadas as possibilidades existenciais que se realizam em cada indivíduo, no momento em que ambos, tanto o indivíduo quanto o mundo dado – considerado o berço da existência - são revelados em suas particularidades. Assim como existe no indivíduo a vontade primitiva de querer ser, de querer realizar-se como sujeito livre, são encontradas, no mundo dado, as possibilidades de realização, as quais urgem revelar-se por algum projeto humano, já que estas possibilidades de realização só ganham sentido quando impregnadas de significação humana. A liberdade subjetiva pensada por Simone de Beauvoir é fundamentada na ideia de intencionalidade, que por sua vez, é sustentada pelos movimentos ontológicos em direção à confirmação desta liberdade. Quando o sujeito surge no mundo, surge em meio à ambígua situação de indivíduo em um mundo já dado - um sujeito em completa solidão mergulhado na alteridade própria da existência. Este estudo procura focar seus objetivos nos movimentos ontológicos que o sujeito precisa realizar para sustentar sua condição original de liberdade. Tal liberdade, por sua vez, repousa na ambiguidade da escolha que o sujeito pode realizar entre a demissão e a assunção da original condição humana de existir. Os movimentos do existir caracterizam os estados da existência que Simone de Beauvoir apontou como transcendência e imanência. A transcendência refere-se ao estado em que o sujeito supera o seu estado original, enquanto que a imanência diz respeito à não superação desse estado ou, em última instância, a um estado de não-movimento existencial.

Palavras-chave: Existência; Ontologia; Liberdade; Transcendência; Imanência.

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Published

2017-07-18

How to Cite

Regina Viana, M. (2017). Liberdade e existência: os movimentos do existir em Simone de Beauvoir. Revista Estudos Filosóficos UFSJ, (5). Retrieved from http://seer.ufsj.edu.br/estudosfilosoficos/article/view/2307