Franz Kafka e a angústia kierkegaardiana

Auteurs-es

  • Mauro Rocha Baptista

Résumé

Resumo: Neste artigo, procuramos analisar a angústia em Franz Kafka. O universo dos personagens de Kafka apresenta uma ruptura entre o homem e o mundo causando o sentimento nomeado por Kierkegaard como angústia, ou seja, a aniquiladora proximidade consigo mesmo. Partimos da análise do conceito de angústia formulado por Kierkegaard em 1844 para discutir a relação entre inocência e auto-produção como fundamentos de uma postura ética. A relação entre inocência e angústia é desenvolvida a partir da análise do conto “Um relatório para uma academia”. Enquanto a discussão sobre a auto-produção gerada pela angústia é mediada por uma contraposição entre o pensamento kierkegaardiano e alguns aforismos de Kafka. Ressaltamos, nesse, aspecto a relação entre a teoria kierkegaardiana dos estágios da vida e a dicotomia entre decadência alienante e salto angustiante, procurando entender em que medida esta teoria é compactuada por Kafka.

Palavras-chaves: Franz Kafka; Kierkegaard; Angústia; Inocência; Auto-produção.

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Publié-e

2017-07-11

Comment citer

Rocha Baptista, M. (2017). Franz Kafka e a angústia kierkegaardiana. Revista Estudos Filosóficos UFSJ, (6). Consulté à l’adresse http://seer.ufsj.edu.br/estudosfilosoficos/article/view/2284