A Clínica e a “peste psicanalítica” na contemporaneidade.
Palavras-chave:
Psicanálise, Clínica, ContemporaneidadeResumo
Este ensaio busca analisar o estatuto criativo da clínica psicanalítica e, para tal, resgata como operador da discussão a dimensão crítica da ‘peste psicanalítica’ deflagrada no século XX. O que temos acompanhado e o que se prenuncia com pertinaz constância, é o risco de morte da própria Psicanálise, uma vez que sua teoria e prática colocam em cheque as novas formas de subjetividade contemporânea, assim como houvera realizado perante ao sujeito da modernidade. Enquanto pesquisadores do saber e fazer psicanalíticos, temos testemunhado como a Psicanálise tem enfrentando os desafios impostos pela contemporaneidade. Para isso, recuperou-se a origem da ‘peste psicanalítica’, seus reflexos na contemporaneidade e as contingências enfrentadas pela clínica atual amparadas no tripé: laço social, desejo e subjetividade. Por fim, algumas questões reflexivas impuseram perante o questionamento de Lacan “O que faz um analista?”, fazendo reverberar as considerações sobre o potencial e a “vocação heurística da Psicanálise” que favorece a reinvenção de si mesma.